A longevidade das mulheres catarinenses aproxima-se de países como Espanha e Japão


Santa Catarina lidera os estados com maior índice de longevos no país

Santa Catarina é o estado mais longevo do Brasil. A expectativa de vida nessa região sul se aproxima dos 80 anos de idade. No caso das mulheres catarinenses , que vivem mais que os homens, o parâmetro chega em 83 anos.

É o que indicam as últimas pesquisas divulgadas pelo IBGE – Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística recentemente.

“Este número coloca as mulheres catarinenses num patamar de longevidade próximo de Espanha e Japão, países campeões de longevidade”, afirma o professor e pesquisador Alexandre Correa Lima.

Ele, que viaja o mundo para fundamentar suas pesquisas, menciona que este é o resultado de um conjunto de fatores combinados e que podem ser as principais causas desse resultado.

“É provável que elementos como desenvolvimento econômico, IDH e qualidade de vida estejam associados ao fator longevidade. Não é a toa que a longevidade na Europa, um dos continentes mais desenvolvidos e socialmente mais equilibrados, é muito maior que em continentes como a África que possuem indicadores sociais e econômicos mais frágeis”, explica Correa Lima.

Para o pesquisador, não se pode desconsiderar também o fator genético, já que nesta região, grande parte da população é descendente de europeus.

Dados publicados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, apontam que o estado de Santa Catarina ocupa há muito tempo os primeiros lugares no ranking de desenvolvimento humano do país.

Nesta pesquisa são avaliados 28 indicadores para cada uma das nove áreas analisadas. Santa Catarina ocupa o primeiro lugar no ranking saúde, desenvolvimento econômico e desenvolvimento social.

“Tais dados reforçam nossas pesquisas de que o Brasil, como um todo, ainda não está preparado e equilibrado para atender as necessidades dos longevos, fatia cada vez maior da sociedade brasileira”, enfatiza Alexandre Correa.

Expectativa de vida chega aos 76 anos – Os dados gerais do IBGE apontam que, no total, a expectativa média de vida do brasileiro cresceu 3 meses. Esse número não é pouco, e, segundo Alexandre, precisa ser considerado com profundidade.

“A expectativa média do brasileiro agora é de 76,3 anos de idade. Isso significa que, na média, o brasileiro vive acima dos 76 anos e representa um total de 3 meses no intervalo de 12. É como se a cada 4 meses de vida ganhássemos mais um mês de expectativa de vida, e isso é bem expressivo”, comenta.

Alexandre Correa Lima, que já publicou um livro sobre pesquisa de opinião pública pela editora Novatec, se prepara para o lançamento de mais um livro, onde discute o que chama de Revolução Prateada, um fenômeno global que vai impactar profundamente o modo como vivemos e pensamos o futuro.

Nesse sentido, provoca a discussão de que empresas, governo e sociedade devem se atentar para os desafios deste novo momento, especialmente o mercado de mercado de trabalho.

 

* Texto publicado originalmente  no site SEGS e reproduzido no blog Revolução Prateada.

 

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